Ridley Scott é um bom diretor de filmes de ação. Mesmo seus filmes ruins e maniqueistas, como este Rede de Mentiras (Body of Lies), de 2008, tem um rítmo frenético que segura a atenção do espectador. Filmado no Marrocos, é mais uma produção da atual safra hollywoodiana que explora o filão do terrorismo árabe. É também mais um dos inúmeros filmes recentes a demonizar a CIA. Impressionante como o cinema americano morre de amores e de ódio contra essa famigerada agência.
O melhor filme que Ridley fez, Blade Runner, de 1982, foi também o seu maior fracasso financeiro, depois do sucesso de público alcançado por Alien, em 1979. Só muito tempo depois é que Blade Runner veio a se transformar num cult. Talvez por causa desse fracasso ele tenha resolvido nunca mais se arriscar e dedicou-se, a partir daí, a produções e super-produções, como Gladiador (Gladiator), de 2000, com poucas chances de dar errado na bilheteria.
Seu estilo de narração e edição é o de cenas com grande intensidade e violência, entrecortado às vezes por momentos suaves logo seguidos por outras cenas de impacto. Os melhores exemplos são Falcão Negro em Perigo (Black Hawk Down), de 2001, que passa a toda hora no Telecine, e o excelene Thelma e Louise, de 1991.
Dois bons atores, Leonardo DiCaprio e Russell Crowe, sustentam o elenco de Rede de Mentiras. Di Caprio mostra mais uma vez que os atores americanos só melhoram na medida em que envelhecem.
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