Copacabana prepara-se para comemorar o fim de mais um ano.
Com seus contrastes, tumulto, a soma dos seus crimes e mau comportamento. O
verão também se aproxima, o sol ainda não caprichou na força dos seus raios mas
já se vê pelas ruas o branco dos turistas estrangeiros que nesta época aparecem
em busca de calor.
O bairro alegre prepara-se para a saudação espetacular do
ano novo com milhões de pessoas pela praia e o detonar das girandas de fogos.
As religiões africanas arrumam suas flores e seus barquinhos de Iemanjá. O
bairro triste se tranca nos pequenos apartamentos em que se abrigam os velhos
que buscam a tranquilidade inexistente.
Já se enchem os botequins, bandos de jovens juntam-se em
rituais de acasalamento e meninos favelados preparam seus arrastões e suas
táticas para fugir dos policiais. Como faz todos os anos, Copacabana se prepara
para o tempo maior da sua vocação de festa, tumultos, miséria, alegria e caos.