Debatendo-se, o inseto tenta escapar da teia mas seus
movimentos afundam-se na inutilidade enquanto a aranha avança. Ela não tem
pressa e cada um dos seus passos parece calculado para aumentar o desespero de
sua presa. O pequeno inseto parece não querer desistir e luta na busca da
liberdade que pode estar muito próxima, talvez no movimento seguinte que poderia
libertá-lo da teia pegajosa.
A luta intensa contra os fios que, a cada movimento, parecem
fortalecer-se em torno do seu corpo, estão cansando o prisioneiro. Ele tenta desvencilhar
a cabeça, depois as pernas, enrola-se em outros fios e por um momento parece
desistir mas retoma a luta cada vez mais desesperada enquanto a aranha,
lentamente, avança.
Ela, a aranha, interrompe por um momento sua lenta caminhada,
como se fizesse uma parada para contemplar o inseto enrolado em sua teia.
Depois torna a avançar, muito devagar, como se antecipasse o prazer que a
espera. O pequeno prisioneiro, então, interrompe a luta e se entrega a seu
destino.