Bebendo uns goles com o meu médico e também amigo Luiz Augusto Candau, ontem no fim da tarde, depois de uma consulta, ele me disse não ter gostado de Vicky Christina Barcelona. Achou que os personagens são estereotipados e que a personagem feita por Javier Bardem não convence como um tipo abrutalhado e ao mesmo tempo sensível e amoroso.
Argumentei que toda ficção assenta-se sobre tipos simbólicos e que a arte imita a vida, como disse Wilde, mas não é a vida. Os estereótipos estariam presentes em toda história que envolve tipos humanos. Não há como sair disso.
Mas fiquei com a impressão de que Candau tem uma certa razão. As personagens de Woody Allen, em todos os seus filmes, tendem a estereótipos, o que não diminui o interesse por Vicky Christina Barcelona.
4 comentários:
Ainda não vi esse último filme de Allen, manovéio, mas vou ver. Até porque sou fã de carteirinha, desde que vi os primeiros, "Um Assaltante Trapalhão", aquele outro em que Bogart aparecia pra ele etc. Gosto mais das comédias do que dos dramas. Suas obras-primas, a meu ver, são "A Rosa Púrpura do Cairo", "A Era do Rádio" e "Hannah e Suas Irmãs", que tenho em casa e revejo sempre.
O blog tá indo bem, mas sugiro que dê umas navegadas pela blogosfera. Neste fim de semana, vou fazer o anúncio de seu blog lá no Jornal da Lua, beleza?
Grande abraço!!
Realmente todos os personagens são clichês do início ao fim,mas ainda assim, muito interessantes.
Gostei tanto que irei revê-lo.
Bjs
De acordo, Bill. Estes que você citou são realmente os melhores filmes dele. O que aparece Bogart é "Play it again, Sam". Se não me falha a memória, o título no Brasil foi traduzido para "Irresistível Sedutor".
O que você chama de blogosfera?
Abração.
"Menas a verdade" caro Almir. O título de "Play it Again, Sam" cá em Pindorama foi "Sonhos de Um Sedutor". Vocês esqueceram de "Annie Hall"! Beiin, beijin, pau, pau! Hugão
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