Neve na rua, calçadas escorregadias, entro no cinema para ver Australia, de Baz Luhrman, com Nicole Kidman e Hugh Jackman nos papéis principais. Como se trata de uma trupe toda formada de australianos, mesmo que Nicole tenha nascido em Honolulu, pensei que se tratava de um épico sobre a Australia, cuja história é marcada de lances heroicos e grandes crimes cometidos contra a população aborígene. Enganei-me.
Trata-se de um faroeste sobre a disputa de fazendeiros de gado pelo mercado de carne que surgia com a Segunda Guerra Mundial. Esse Baz Luhrman, que fez o feérico Moulin Rouge, gosta de ambiciosas produções e desta vez realizou um filme caro, com locação no belo e rude cenário natural do interior da Austrália. Mas é um filme abaixo do medíocre, a história é tola, Jackman é um canastrão e a bela Nicole Kidman, normalmente boa atriz, perde-se e não chega a convencer como a viúva decidida a levar avante o negócio do marido morto. A pieguice fica por conta do relacionamento dela com um menino aborígene e a presença de um preto velho que se dedica a certas feitiçarias.
Melhor do que Australia foi o almoço no La Grille (50, rue Montorgueil), um bistro simpatico, barato, onde um “Os à moelle”, ou seja um osso com tutano, vale dez vezes mais do que assistir a um filme ruim como aquele.
3 comentários:
Mas nem a beleza de Nicole se salvou, meu caro? Um abraço.
Moacy, meu querido, o que faz as mulheres usarem silicone e se submeterem a operações plásticas? Nicole continua bela mas os sinais das intervenções cirúrgicas no seu belo rosto começam a prejudicá-lo.
Grato, Brigitte, pelo comentário ao meu comentário. De fato, a beleza de uma Anna Magnani, por exemplo, em filmes como o maravilhoso "A carruagem de ouro" (já o viram?), talvez seja muito mais fulgurante. Um beijo. E um abraço no Celso.
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