sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O dia em que a Terra parou



Nos tempos da Guerra Fria, em 1951, quando a ameaça de uma catástofre atômica tirava o sono de muitos, Robert Wise dirigiu a primeira versão da história do alienígena que chega à Terra para advertir a humanidade sobre os perigos que ameaçavam o seu futuro. Mas ele vem com a firme idéia de que a humanidade não tem jeito e precisa ser destruida para salvar o planeta. No memorial de Lincoln, em Washington, lendo trechos dos seus mais famosos discursos, chega à conclusão de que os povos da Terra ainda poderiam ter salvação.

Na versão de 2008, que agora se exibe nos cinemas, Klaatu e seu indestrutível robot ainda continuam descrentes quanto à raça humana, mesmo com o perigo atômico por enquanto afastado. Começam mesmo a destruí-la mas acabam por concluir que ela ainda pode ter jeito, mesmo sem terem lido as palavras de Lincoln. Ví o filme ontem e confesso que não me lembro por que Klaatu resolveu poupar a humanidade.

Hollywood anda sofrendo de forte crise de criatividade. Faltam-lhe bons roteiristas. A maior prova disso são as refilmagens de sucessos antigos, transformados em repetições sem graça e sem o carisma original. Os estúdios apostam na tecnologia, capaz de produzir grandes efeitos mas incapaz de contar uma boa história.

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