sábado, 17 de janeiro de 2009

O Pavão Azul

Os mortos muitas vezes influenciam ou dirigem as nossas ações. Foi a lembrança de dois amigos mortos que me levou ao Pavão Azul, na esquina de Hilario de Gouveia com Barata Ribeiro, bem em frente à 12a Delegacia Policial. É o único prédio policial a não possuir portas. Porisso está, literal e permanentemente, de portas abertas.

O Pavão ocupa uma pequena loja, muito estreita, e parte da calçada. São cerca de cinco mesas dentro da loja e outras cinco ou seis na calçada. Ontem, exibia no quadro-negro um belo cardápio: feijoada, frango assado, filé de linguado, risoto de camarão – na verdade, arroz com camarão, mas de grande beleza – bife à milanesa, filé de frango, carne assada. Estava lotado.

Conseguí uma mesa espremida contra o balcão, garantí uma feijoada e, um pouco antes das três da tarde, Dona Vera, a proprietária, anunciou “a feijoada acabou”. E veio pequeno, doloroso e decepcionado alarido de várias mesas recém chegadas: óóóó!Eles perderam, realmente, uma bela feijoada.

O Pavão Azul é um botequim de grande qualidade, um bistrô à la ancienne, como diriam os sofisticados franceses.

João Antonio estava certo, Mario Rubens tinha razão.

3 comentários:

Bill Falcão disse...

Hehehe!!! De volta ao calor carioca! E à feijoada, principalmente!!
Aquele abraço!

Celso Japiassu disse...

Não resistí.
Abração.

Anônimo disse...

E quando vamos lá?