Depois de vários dias exposto ao frio, o corpo começa a mostrar sua pouca adaptação às baixas temperaturas e a sentir falta do ambiente tropical em que se criou e se desenvolveu. A pele, ressecada pela falta de umidade e pelos ambientes aquecidos por calefação a gás ou eletricidade, começa a apresentar escamas, pequenas erupções e coceira. Desconfio que o tratamento dado à água, com excesso de cloro, e o hábito do banho diário ajudem a provocar essas reações na epiderme.
Dá para compreender porque, a nossos olhos, os povos da Europa sejam pouco fanáticos com relação ao banho de cada dia. Os brasileiros, recebemos este hábito de nossa herança indígena. Nossos índios, acostumados a banharem-se várias vezes ao dia, acabaram por influenciar os colonizadores portugueses e seus descendentes.
Dá também para entender porque turistas dos gélidos países europeus amam o calor, estendem-se felizes nas areias quentes das nossas praias e acabam por desfilar, suados e com intensa alegria, sob o calor de fevereiro, nas alas das escolas de samba.
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