sábado, 30 de janeiro de 2010

Balzaquianas


Não existem mais balzaquianas, pois as meninas de 30 anos, hoje, ainda moram com os pais e muitas delas ainda não acabaram os estudos. Muitas não pensam sequer em casamento e são mais felizes do que Júlia d`Àiglemont, a infeliz heroina de Balzac em seu romance A Mulher de Trinta Anos, responsável pela palavra que já definiu a mulher que permanecia solteira naquela idade.

As mudanças de comportamento na sociedade fizeram com que a mulher não dependa mais do casamento para se sentir realizada. Mesmo em idade mais avançada, independentes e vivendo sozinhas, elas são muitas em Copacabana. Com a pele queimada de sol, cabelos alourados e usando a pouca roupa imposta pelo forte verão, desfilam pelas calçadas exibindo autoconfiança.

Elas não possuem idade definida. Podem ter quarenta, sessenta anos ou mais. Formam um grupo bem presente no bairro. Pode ser identificado por um jeito de andar, falar e se vestir de quem acha a idade algo realmente irrelevante.

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