Com certa unanimidade, os antropólogos costumam afirmar que uma cultura superior esmaga a inferior. E citam exemplos da História, como o fato de a cultura dos gregos ter influenciado a dos romanos, que os tinham vencido e conquistado seu território. Mas nem sempre é assim e às vezes se dá o contrário.
A Baixada Fluminense não se caracteriza como região onde tenha florescido uma cultura sofisticada. Faltam-lhe teatros, museus, bons cinemas, livrarias, uma forte universidade. Mas a sua influência se espalha, já subiu a serra e chegou a cidades históricas, como Teresópolis, que luta para não perder sua identidade. E está cada vez mais próxima de Petrópolis e de Friburgo.
O empobrecimento pode ser uma das causas. Mas não se deveria esquecer o jogo-do-bicho, cujos capi dividiram o território do Estado do Rio de Janeiro e descobriram que a política é uma atividade atraente para quem trabalha distante da lei. Infiltrando-se na política, consolidam seu poder e as cidades conquistadas passam a exibir a mesma arquitetura pobre da Baixada, o mesmo estilo de vida e muitas vezes a violência.
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