sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Vôo para Vitória


O Galeão lotado e as longas filas nos balcões da Gol davam logo notícia de que algo fora da rotina acontecera. A frente fria fechara o aeroporto de Vitória desde a véspera mas naquele momento acabara de abrir e embarquei num avião lotado pelos passageiros do dia e pelos que haviam sobrado do dia anterior.

Quase chegando – é um vôo de 40 minutos, na saudosa e farta época da Varig era o tempo exato de duas doses de uísque – o comandante avisou que o tempo fechara de novo e dessa vez Vitória não abriria mais pelo resto do dia. E aterrissou em Belo Horizonte.

Fiquei na dúvida se ligava para o amigo Zé Alberto e o convidava para jantar no Mercado Municipal, ponto alto da boa gastronomia mineira, mas eu tinha compromisso no Rio, nesta sexta, e me contentei com a barrinha de cereal das modernas companhias. Lidei com o nervosismo das bonitas moças da Gol diante do tumulto de um avião lotado que surge inesperadamente, passageiros alterados, alguns sem conseguir voltar para casa depois de dois dias de tentativas vãs.

Consegui um lugar de volta para o Rio, depois de visitar o aeroporto de Confins, batizado como Tancredo de Almeida Neves.

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