Estou lendo Napoléon, de Pierre Norma, de onde traduzi este trecho que descreve a coroação do imperador:
Napoleão veste as insígnias imperiais e cingiu a cabeça com uma coroa de louros elaborada em ouro. Assim que toma lugar na igreja, diante do altar, numa poltrona simples, a cerimônia começa. Pio VII faz a santa unção na fronte, braços e mãos do Imperador, benze a espada e com ela cinge-lhe a cintura, entrega-lhe o cetro e se aproxima para colocar-lhe a coroa de ouro maciço modelada pela de Carlos Magno. De súbito, Napoleão o afasta, toma a coroa e ele mesmo a coloca sobre a cabeça. Um frêmito de surpresa percorre a multidão. Josefina, por sua vez, desce do trono e se dirige ao altar, onde o Imperador a aguarda, seguida das damas palacianas e de todo o seu serviço de honra; seu manto é carregado pelas princesas Caroline (Madame Murat), Julie (Madame José Bonaparte), Elisa e Louise (Madame Luiz Bonaparte), que a detestam. Seu esposo pousa sobre sua fronte uma coroa encimada por um diadema feito em diamantes. A coroação termina, Napoleão e Josefina sobem ao trono. O papa aproxima-se e abençoa o novo imperador. Um formidável grito de “viva o Imperador!” parte de todas as vozes e faz tremer as abóbodas de Notre-Dame, os músicos tocam; lá fora, os sinos dobram, o canhão troveja.
Segue-se uma festa que vai durar três dias.
2 comentários:
e acaba na grande ressaca de waterloo...
sic trnsit gloria mundi!
Bem o disseste, Helio. Como os argentinos em relação a Gardel, os franceses pensam até hoje que ele não morreu.
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