sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Baader-Meinhof
A dura política intervencionista americana nos anos 70 teve como contraponto inúmeras ações revolucionárias da extrema esquerda, em vários países. A maioria delas surgidas no movimento estudantil alvo de repressão violenta, como foi o caso de diversas siglas que atuaram no Brasil, dos tupamaros, no Uruguai, e dos montoneros, na Argentina.
Nenhum desses movimentos foi tão radical quanto a Facção Exército Vermelho (RAF, na sigla em alemão), mais conhecido como Baader-Meinhof, nomes dos seus dois principais líderes, cuja história serviu como tema do excelente filme de Uli Edel.
Em linguagem seca e sem concessões, Edel, a partir de um livro de Stefan Aust, foi fiel aos fatos e à agitação promovida na Alemanha pelos filhos da geração que construiu o nazismo, desta vez posicionados no outro extremo ideológico da política feita por seus pais.
O ódio como instrumento da política, o cinismo do Estado e os equívocos de uma juventude sectária estão dramáticamente unidos nesta história contada em um filme feito com honestidade e muita competência.
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