segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Viral versus TV


Já falei aqui sobre o assunto, mas volto a ele por observar que os conceitos fortes e memoráveis que marcaram a revolução criativa da propaganda são aos poucos substituidos pelos shows de produção tecnológica do chamado marketing viral. Os grandes anunciantes preferem investir na feitura de filmes pirotécnicos para exibição via internet. Eles enchem de tal forma os olhos dos internautas que estes não resistem em passar o comercial uns para os outros. formando extraordinária audiência.

A Procter & Gamble, gigante americano, diz que anunciou a marca Physique de xampu usando o viral e só gastou o dinheiro aplicado na feitura do filme. Pela forma tradicional, com anúncios na TV, seriam necessários alguns milhões de dólares. E a Honda reposicionou sua marca Accord com outro viral que, num show de efeitos tecnológicos, juntava todas as peças e construia um carro. Veja aqui o comercial.

O marketing viral é isso: filmes que divertem e surpreendem o homem sozinho diante do computador que, num gesto típico dos usuários da rede, passa adiante o que vê para todos os contatos da sua lista de endereços de email. Lucro para os anunciantes, prejuizo para a TV. E este é um movimento sem volta.

4 comentários:

jackson disse...

sem dúvida e é uma proposta que se aplica às campanhas eleitorais. Não?

Roberto disse...

Ceslo,

Os veiculos de propagacao tipo youtube nao poderiam ver isso como oportunidade de receita? Eu imagino que tenha alguem na Google percebendo que a P&G e Honda estejam usando os servicos deles para divulgar seus produtos sem que a Google ganhe nada em retorno.

Celso Japiassu disse...

Penso que Jackson e Roberto levantam pontos diferentes mas ambos procedentes. As modernas campanhas de marketing políico cada vez usam mais esse recurso. Cada eleitor de determinado candidato tem o maior interesse em espalhar sua mensagem viral.
E acho que o Youtube já deve estar procurando uma forma de obter receita, pois está veiculando mensagens comerciais sem ganhar nada.

Rodrigo Miranda disse...

OK. Não sei o que faço agora. Se continuo a ter preguiça não repassando emails a ninguém ou se passo a faze-lo como retaliação às TV´s que apresentam programações cada vez mais vazias e chatas.