Na Idade Média européia, o pão era o alimento do povo. Apenas os nobres comiam carne, fornecida pelo esporte da caça, pois a nobreza dedicava seu tempo aos jogos, à caça e à guerra. Até hoje se utiliza a palavra pão, figurativamente, para definir o alimento de maneira geral, pois era só o que se comia, se não se fosse da família de um senhor feudal.
O homem moderno, no entanto, perdeu a lembrança dos animais de onde vem a carne posta em sua mesa. Vê apenas um bife comprado no supermercado e preparado no fogão a gás.
A tête de veau, que ilustra este post, é uma das receitas mais apreciadas pelo povo francês, mas que costuma assustar o turista quando lhe é apresentada à moda do interior do país: a cabeça da vitela cozida inteira. Já nos restaurantes parisienses, o prato é arrumado na forma da arte dos grandes chefs. Quase ninguém se lembra de que os miolos, a língua e todos os outros ricos pertences vieram da cabeça de um animal sacrificado à gula dos homens.
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