quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Comunicação à distância


Num desses dias de calor que antecedem a chuva nesta primavera estranha, estava eu sem camisa, trabalhando no computador, quase nu, sozinho no escritório, quando o Skype entra no monitor com a imagem do bom amigo Jean Buclet, chamando de Paris. É como sempre um prazer falar com ele, vê-lo na tela e ouvir sua conversa inteligente, cheia de sabedoria.

Dessa vez, me chamou a atenção as contradições do clima em que vivemos. Ele, a 10 graus centígrados no outono do seu país, vestia um pullover dentro de seu apartamento ao lado da igreja de Saint Sulpice. Eu, práticamente nu como um índio da floresta amazônica, compensava os 30 graus com o ar condicionado que não conseguia vencer a temperatura quente da tarde de Copacabana.

Vivemos num mundo cada vez menor e cada vez mais próximo. O que diria disso o meu avô, que viveu em suas terras do sertão nordestino e pensava que o mundo, a partir das suas fronteiras, encontrava-se num planeta muito, muito distante?

Um comentário:

Anônimo disse...

Celso, nos anos 80 fui um radioamador muito ativo. Um dia eu estava conversando com um russo, em telegrafia, e ele perguntou qual era a temperatura aí no Rio. Eu disse: "30 graus" e ele respondeu: "Aqui também, negativos..."