quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Semana pré-carnavalesca
A cidade se agita em datas de festas. Natal e Carnaval são os picos desse entusiasmo coletivo que se mistura ao calor do verão para resultar no confuso tempo de compras e de alegria, ambas obrigatórias. Compras obrigatórias no Natal, alegria obrigatória no Carnaval. Num, o comercio festeja vendas récordes, no outro a indústria de bebidas e de outras drogas menos santas superam suas próprias previsões. A indústria de preservativos também festeja o carnaval.
Nesta semana pré-carnavalesca, o trânsito pesado reflete o estado de espírito da cidade. As pessoas saem à rua e se transformam em povo e o povo se transforma em blocos que exalam odor de suor e de cerveja. Cada bairro tem mais de um desses grandes aglomerados humanos inquietos que arrastam multidões em cortejos absurdos. O ruido produzido por um desses blocos é superior em volume ao estrondo de um trovão sobre nossa cabeça, só que não é passageiro como um trovão.
Suvaco do Cristo, Vem ni mim que sou facinha, Xupa mas não baba, Imprensa que eu gamo, Mulheres de Chico, Se não quer me dar…me empresta, Cutucano atrás, Se me der eu como, Rola preguiçosa, Que merda é essa?, Spanta neném, Berro da viuva, Eu sou eu e jacaré é bicho d’água, Bengalafumenga, Nem muda nem sai de cima, Gargalhada e do babaçu abunda e cerveja também, Bafo da onça, Bloco dos cachaças, Bagunça meu coreto, Meu bem volto já, Concentra mas não sai, Empurra que pega, Barangal e Senta que eu empurro são alguns dos comportados e barulhentos blocos que desfilam esta semana.
Evoé, Baco!
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