quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ecos do carnaval


O fim do carnaval traz uma certa atmosfera de paz à cidade que tanto se agitou durante quatro dias seguidos. Pelo que fiquei sabendo, o carnaval de rua reaparece aos poucos e a festa, no Rio de Janeiro, não fica mais restrita à Marquês de Sapucaí. O desfile das escolas de samba é uma exibição elitizada, comandada pelos chefões do jogo-do-bicho onde se misturam crime, governo e sociedade numa união promíscua que exigiria uma certa reflexão.

Por falar em elitização do carnaval, no de Salvador um abadá – mortalha de luxo exigida de quem pretende acompanhar um bloco – chegou a custar, este ano, R$840. Por dia.

Aqui em Copacabana, passaram pela rua muitos blocos puxados por carros de som, formados por foliões pobres, maltrapilhos de verdade, não era fantasia, junto com alguns turistas muito brancos, avermelhados de sol.

Enfim, acabou a festa. E eu continuo pensando no que faz uma pessoa animar-se toda, dar um salto e sair pulando ao ouvir os primeiros acordes de “Mamãe eu quero mamar”.

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