sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Chuvas



Como as tempestades de neve nos países europeus durante o inverno e os seus periódicos cataclismos, a chuva perturba o Rio nos meses de verão. Relatos desde o século XVI trazem notícias de cíclicas enchentes e avalanches destruidoras. Os habitantes das favelas implantadas nos morros entram em pânico a cada chuva forte, pois as consequências podem ser a perda da casa onde vivem e dos bens conquistados a custa de sacrifício, sem contar o risco da própria vida.

O trágico se faz presente no Rio e em outros pontos do país, durante o verão. A natureza cobra o seu tributo pelos aterros, o entupimento dos rios assoreados pelo lixo e a ocupação desordenada das encostas.

Numa das últimas dessas grandes inundações, fiquei ilhado no Catete e me refugiei no Bar do Getúlio, em frente ao Palácio. As águas subiram, cobriram a rua e em pouco tempo chegaram quase ao nível do assento das cadeiras. Com os pés sobre a mesa, esperei a passagem das horas e a melhora do tempo.

Fiz a foto acima nessa ocasião, fazendo uso do celular. Ainda bem que o intrépido garçom continuou a servir o chope, amenizando a desagradável espera.

2 comentários:

Hugo Caldas disse...

Há muito que a Natureza anda a cobrar de nós. Essa chuvinha impertinente não impediu vosmicê de tomar seu drinquinho de fim de tarde no Catete. A última enchente que tivemos por aqui (Recife - 1975) foi pra acabar com a festa. Você que conhece... pode imaginar a Praça do Derby transformada em um enorme rio onde transitavam traineiras e lanchas...? Aqui ou é 8 ou 80!
Abrs. Hugo

Moacy Cirne disse...

E ontem voltou a chover um bocado, não é, meu caro amigo? Quanto ao Bar do Getúlio, conheço-o bem; se não estou enganado, Ciro Monteiro era um de seus frequentadores...

Um abraço.
Ah, sim, obrigado pela ligação feita entre seu blogue e o Balaio.