terça-feira, 2 de junho de 2009

AF 447


Na volta de João Pessoa, domingo, o vôo da Gol em que eu me encontrava deve ter cruzado nos céus com este da Air France que desapareceu no mar pouco depois. Os passageiros estariam se preparando para o longo trajeto que deveria durar onze horas, grande parte do tempo na travessia do Atlântico e dentro da noite.

O AF447 é o vôo no qual tenho embarcado para a França, nos últimos anos, desde que a Varig deixou de operar essa linha. Nele sempre fiz viagem tranquila, apesar do avião sempre lotado, mas com tripulação de cabine bem treinada, capaz de dar conta do recado e atender sem reclamações a enorme quantidade de passageiros.

Pensei neles, nos ocupantes do vôo 447, onde as nacionalidades se misturavam, as famílias se transferiam de um país para outro e os casais se preparavam para uma temporada de prazer e sonho nas atrações de Paris. Pessoas que desapareceram num trágico mergulho dentro da noite ao encontro do mar profundo, de onde provavelmente seus corpos jamais serão resgatados.

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