segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mar ausente


Faz uns vinte anos, lí numa entrevista do comandante Jacques Cousteau que não existiriam mais praias de areia branca em nenhum lugar do mundo. Em outra ocasião, assisti uma conferência do Almirante Paulo Moreira da Silva, então presidente da Fundação de Estudos do Mar e ele chamava a atenção para o fato de que os oceanos tinham se transformado na lixeira do mundo.

Eram ambos estudiosos, homens que amavam o mar e eles tinham razão. O desprezo pelo mar e pelas praias é evidente e paradoxal na forma como o mar se distanciou das pessoas, numa cidade marítima como o Rio de Janeiro.

Em sucessivos aterros, na construção de arenas esportivas temporárias, nos shows musicais que reunem multidões, tudo se faz para afastá-lo e torná-lo distante. Em gravuras antigas, mesmo aquelas que representam o centro do Rio, há sempre alguém sentado numa pedra, contemplando a beleza das águas. Hoje, vai-se de Copacabana ao centro da cidade e não se vê o mar.

2 comentários:

RICARDO Gomes de Paiva DE FARIA disse...

Passe em http://www.ricardodefaria.com/rio e veja como eram as praias em 1550!

Bill Falcão disse...

O que é um fato imperdoável!
Quando fico muito tempo sem ver o mar, passo a sonhar com ele, com as ondas caindo na areia, o som, sinto o cheiro do mar!
E ainda canto sempre: "Copacabana, princesinha do mar..."
Abraço!