A atração das grandes cidades lembra enxames de abelhas
amontoadas em torno da diversidade de apelos ao consumo. O homem devora o
planeta que habita e o vai tornando inóspito, desconfortável e sombrio. Mesmo
em cidades com o carisma de Paris, as multidões confundem e se misturam entre
paisagens e monumentos.
O charme de mercadorias expostas de forma a torna-las
irresistivelmente atraentes, o desfile de chamados ao lazer e à embriaguez
sibarita. Ilusões que definem a divisão entre os que podem possuir objetos de
desejo e os que estão fora do circuito da felicidade prometida. O convite
permanente a ter o que não é possível vai tornando as cidades cada vez mais
violentas. Lugares de conflitos que se acumulam e que o homem parece incapaz de
compreender.
Um comentário:
Caríssimo Celso sobre esta corrida desvairada pela afirmação do ter.Estranho animal este ,o homem, que constrói e destrói o tempo todo.haverá alguma solução? Abraços
Carlos Jales e Otaviana
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