A sofisticação e o prestígio da cozinha francesa têm
influenciado o modo de comer do mundo. Os chefs são tratados como estrelas e se
comportam como astros do mundo dos espetáculos. Dão entrevistas, comandam programas
de TV e são assediados pela mídia. Alguns escrevem livros de receitas e de suas
memórias pessoais.
A ‘finesse’ da cozinha francesa começou nos tempos de
Catarina de Médici, a italiana que foi mulher de um rei da França e mãe de
outros três. Ela trouxe de Florença alguns cozinheiros que ensinaram à nobreza
o que era comer bem. Os aristocratas franceses, que desprezavam o povo, tiveram
então, na forma de comer, mais uma diferença que os fazia verem a si mesmos
como seres especiais.
Quando a Revolução cortou a cabeça da nobreza, os chefs de
cozinha ficaram sem emprego e sem o prestígio dos clientes aristocráticos. E
abriram restaurantes. A burguesia, que substituiu a aristocracia no Poder, pôde
comer, assim, da mesma forma e com a mesma arte da nobreza. O povo continuou
com o seus pratos rústicos. Esta é a melhor comida da França.
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