segunda-feira, 11 de maio de 2009
Enchendo Lingüiça
Ao contrário dos habituais botequins do Centro e da Zona Sul do Rio, estreitos e de mesas coladas, onde os garçons se movimentam espremidos entre as cadeiras e equilibrando bandejas, o Enchendo Lingüiça (com trema, como nos velhos tempos) é claro e amplo, confortável e limpo. Vale a viagem até o Grajaú, onde a Av. Engenheiro Richard encontra-se com a Rua Barão do Bom Retiro.
Garçons competentes dão conta do recado com simpatia mas é bom lembrar que era a hora tranquila do almoço. De noite, aquela esquina dever ferver de gente, como atestam as mesas da calçada, vazias naquele momento.
Do farto cardápio, o destaque é o joelho de porco assado numa assadeira localizada na porta, idêntica àquela das padarias, com a diferença de que ao invés dos tristes frangos que atraem os cachorros famintos das redondezas, esta exibe os imponentes joelhos de porco que são o carro-chefe da casa. Ismael, que chegava do Canadá, onde mora, e que dissera que joelho de porco não era definitivamente sua preferência, mudou de idéia quando o viu e não mostrou arrependimento.
Para justificar o nome, num jirau do botequim funciona sua fábrica de linguiças, aberta, à vista de todos.
E o Grajaú ainda é um bairro agradável, livre dos espigões. Uma memória de quando o Rio era uma cidade que parecia feliz.
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2 comentários:
Hummm!!! Seu texto e a foto me deixaram com boca cheia d'água. Nosso próximo almoço poderia ser lá. Que tal?
Compromisso fechado, Marcus. Sexta feira é um bom dia.
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