sexta-feira, 15 de maio de 2009

Katyn

O massacre de 22 mil poloneses na floresta de Katyn, na primavera de 1940, fez parte do plano russo de destruir a Polonia e submeter o seu povo. Os mortos eram parte da elite intelectual do país, escolhidos entre os jovens oficiais das Forças Armadas, nas universidades e nas profissões liberais. Sem líderes, a Polonia seria como um corpo sem cabeça, fácil de dominar, assim pensavam os russos.

Durante anos, o governo polonês, vassalo da Russia, tentou convencer a população de que os alemães foram os responsáveis pelo crime que chocara o mundo. Mas a verdade acabou por prevalecer e o massacre foi debitado a seus verdadeiros responsáveis: Stalin e seu chefe de polícia Lavrentiy Beria. Em 1990, a própria Russia reconheceu o crime e a tentativa de acobertá-lo.

Dezoito anos depois do fim da ditadura na Polonia e 62 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, a verdade e o horror estão narrados como realmente foram no belo filme de Andrzej Wajda – Katyn, de 2007. O drama dos oficiais levados para a morte, a angústia de suas famílias e o clima de um tempo sombrio são narrados num grande filme, construido com paixão e honestidade.

Um filme como Katyn e um diretor como Wajda são a prova final de que os assassinos russos fracassaram na tentativa de extermínio da inteligência polonesa.

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