terça-feira, 5 de maio de 2009

Che

A mística revolucionária de Ernesto Guevara inspirou o inconformismo rebelde dos jóvens dos anos 60 e 70 antes de virar um ícone de consumo do mercado capitalista aplicado em roupas, posters e objetos vários. O capitalismo é assim: transforma em mercadoria até os movimentos que contestam radicalmente os seus princípios.

A vida de Che Guevara e a sua saga guerrilheira bem que mereciam um filme, e assim pensou Steven Sorderbergh, que identificou a oportunidade de fazer logo dois filmes e assim o fez: a primeira parte de Che intitula-se O Argentino e a segunda, que ainda vai estrear, chama-se Guerrilha.

Trata-se de um filme de ação, bem no estilo comercial de Hollywood. As bem produzidas cenas de batalha substituem qualquer reflexão mais séria sobre o cenário político que inspirou e justificou a ação revolucionária liderada por Fidel Castro.

Benicio Del Toro é um bom ator e, apesar de alguns trejeitos efeminados, chega a convencer como Che, interpretado na história de Sorderbergh como um super-heroi asmático e acima do bem e do mal.

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