O desvio de apenas 10 kilômetros levou uma hora de viagem. Esburacado e mal traçado, não foi feito para tráfego mas para acesso às propriedades rurais encravadas nas montanhas. A SP 171, que liga Guaratinguetá a Cunha, ficou fechada por duas semanas, desde que a erosão desmanchou um trecho onde as águas das chuvas teimam em seguir seu curso natural, invadido pela rodovia. Ontem, domingo, a estrada foi finalmente reaberta e o tráfego voltou à normalidade.
Este antigo caminho, que de Cunha segue até Parati, foi aberto pelos índios Tamoios para seus deslocamentos até o mar e, depois, utilizado pelos portugueses que exportavam o ouro de Minas para a metrópole. A estrada é hoje asfaltada no trecho paulista mas, ao cruzar a fronteira com o Estado do Rio, sem revestimento, fica imprestável para automóveis a maior parte do ano. É um trecho de grande beleza, com florestas primárias. Durante séculos, foi o único acesso a Parati.
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