sexta-feira, 3 de abril de 2009
Maratona
Antes de me aparecer no joelho uma sequela com nome de vegetal, condromalacia, fui um corredor de cerca de 10 quilômetros por dia. Um treinamento diário que costumava alternar com duas voltas na Lagoa Rodrigo de Freitas, nos fins de semana. A corrida me dava prazer e a frequência do treino me permitiu correr quatro maratonas, inclusive a de Nova Iorque, com sua impecável organização e a capacidade de mobilizar toda a cidade em torno de um grande evento.
Corri em muitas cidades, pois levava na bagagem, para onde fosse, um par de tênis, calção e camiseta. Uma forma prazerosa de conhecer as ruas de Viena, Paris, São Francisco, Brasília, Areias, no interior da Paraiba, Toquio, Madri, Vitória ou Hong Kong. Correndo.
Nunca fui um corredor rápido, meu melhor tempo na maratona foi de pouco menos de quatro horas. Alberto Salazar, o cubano que venceu a corrida em Nova Iorque, em 1982, com 2 horas e 8 minutos, enquanto dava uma entrevista viu chegar o meu pelotão, a turma das quatro horas, e disse para o repórter “correr pra valer são esses caras. Como conseguem suportar quatro horas seguidas?!”
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