O mundo é um país estrangeiro. Ouvi ou li isto em algum
lugar, talvez eu mesmo tenha inventado ou sonhado com esta frase. Creio que ela
tenha a ver com o divórcio em relação ao que acontece em nossa volta e que não
sentimos como parte do que seria a essência do humano.
A radicalização da barbárie e as manifestações da estupidez agridem
o senso comum de justiça e de inteligência. Desmentem a civilização que seria a
maior conquista em séculos de evolução. Decepções que me fazem lembrar as
festas alegres da democracia nos primeiros meses do ano de 1964 e a tragédia
que veio depois.
Há uma ameaça presente nos fundamentalismos religiosos e
políticos e suas bandeiras obscuras pelas paisagens do mundo. Uma geopolítica
perversa promovendo exércitos cruéis, matanças de inocentes, preconceitos e regressões.
A nova idade das trevas acena das fronteiras do Oriente. A iniquidade floresce
no Ocidente. O mundo é uma percepção estrangeira.
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