terça-feira, 24 de setembro de 2013

Cahors

Em Cahors, reencontro André. Da última vez, no ano passado, ele me mostrou orgulhoso  a foto do filho, de apenas um ano, uma criança de olhos sorridentes e claros chamada Rafael. A cidade vive o fim do verão e o início de um outono ameno, os plátanos começam a perder suas folhas e todo o verde transmuda-se para um amarelo de tons dourados.

André diz que Rafael, agora com dois anos de idade, teve diagnosticado um câncer cerebral e encontra-se fazendo quimioterapia. O Rio Lot, que enlaça a cidade e a transforma numa quase-ilha, passa com suas águas tranquilas, limpas, onde alguns patos fazem o seu passeio. Os restaurantes e os bares ainda têm cadeiras na calçada, os turistas ingleses, que adoram a cidade, ocupam seus espaços.


Caminhando pela margem do rio, observo suas águas mansas e uma vez mais, de maneira obsessiva, me vem ao pensamento a afirmação final e definitiva de Thomas Hobbes: “a vida humana é desagradável, brutal e curta”.

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