Com 62 milhões de passageiros passando por ano em seus salões,
corredores e balcões, o Aeroporto Charles De Gaulle faz o Galeão parecer um
edifício acanhado. Espécie de esquina do mundo, os tipos humanos
diversificam-se em cor, cabelos, roupas e falas. Na chegada matinal dos vôos,
mulheres e homens, algumas crianças, todos mal-dormidos enfrentam as filas
enormes, demonstram alguma impaciência, submetem-se aos controles de imigração
e de segurança.
Durante o vôo, as duas senhoras palestinas ao meu lado ainda
seguiriam para Israel, enfrentando mais uma conexão. Elas tinham vindo do Chuí,
no Rio Grande do Sul. O chinês do banco da frente fotografava tudo. O sono é
difícil neste vôo de onze horas. A leitura, o vinho, o pensamento, nada ajuda a
relaxar e dormir.
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