segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sonhos

No meio da noite, a cadelinha emite sons de agonia, acorda e demora algum tempo para voltar a dormir. A gata, em sono profundo, às vezes desperta, pula e abre os olhos como se algo tivesse de repente a ameaçado. Os animais sonham como os humanos? Existe uma área em seu mundo onírico onde a vida continua a assustar com seus fantasmas, íncubos e súcubos da existência adormecida?

Nossa vida não é única, ela muda algumas vezes em fases que permanecem conosco como se fossem vidas passadas. Há coisas que vivemos e que pensamos ter esquecido mas continuam a nos acompanhar. Sem a consciência da razão, certas angústias nos surpreendem, talvez motivadas por atribulados momentos vividos e que continuam a nos atormentar.


Durante o sono, as defesas se recolhem no inconsciente e brumas misteriosas envolvem o horizonte do pensamento adormecido. Retornam imagens da infância perdida, de momentos intensos, vastas emoções, conforme a definição de Freud.  Isto aconteceria também à pequena cadela, à gatinha gentil?  O homem compartilha êxtase, alegria e caos com os bichos que o acompanham?

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