As crenças medievais e a perseguição religiosa às heresias
foram responsáveis por crimes em nome da fé, violência em nome de Deus e
desastres provocados pela ignorância e o medo. A caça aos acusados de bruxaria,
queimados nas fogueiras da Inquisição, levou ao quase desaparecimento dos gatos
nos países europeus, pois acreditava-se que eles eram os animais de estimação das
bruxas e por isso deviam também ser mortos.
Ainda hoje há gente que odeia ou tem medo de gatos, um
resquício da mentalidade que reinou na Idade Média. A superstição violenta e
cega cobrou no entanto seu preço com uma tragédia. A matança dos gatos fez crescer o
número de ratos e a peste bubônica se espalhou pelo continente. Chamada de
peste negra, matou mais da metade da população da Europa.
O gato negro foi o mais perseguido, torturado e sacrificado.
A ignorância associa a cor preta ao mal e à escuridão que assusta. Rituais de
magia e religiões primitivas continuam a sacrificar gatos negros nas
sextas-feiras sombrias da estupidez humana, incapaz de compreender sua misteriosa
beleza.
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