Mais que sangue, jorram as lembranças
dos olhos feridos a lâmina de faca.
Tudo o que a retina percebeu nas noites
debruçadas sobre anêmonas do mar.
Silente, o gume de afiados ritmos
trespassou limites demarcados
na cadência dos surdos, película
transparente e fina, repetida em eco.
A noite aproximava a espera de outro dia,
outras brisas salpicando o embarcadouro inútil,
solitário em abandono, imóvel, transfigurado
na visão das marés imundas da vazante.
O lodo e o horror do mar nos perseguindo.
Secreções de peixes, barcos, afogados.
O clarear da aurora misturando a noite
a um dia qualquer de estações tão frias.
dos olhos feridos a lâmina de faca.
Tudo o que a retina percebeu nas noites
debruçadas sobre anêmonas do mar.
Silente, o gume de afiados ritmos
trespassou limites demarcados
na cadência dos surdos, película
transparente e fina, repetida em eco.
A noite aproximava a espera de outro dia,
outras brisas salpicando o embarcadouro inútil,
solitário em abandono, imóvel, transfigurado
na visão das marés imundas da vazante.
O lodo e o horror do mar nos perseguindo.
Secreções de peixes, barcos, afogados.
O clarear da aurora misturando a noite
a um dia qualquer de estações tão frias.
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