sexta-feira, 15 de maio de 2015

Um personagem de cinema

Chamava-se Eugenio Centenaro, era italiano. Em São Paulo, onde morou, dizia ser o Conde Eugenio Maria Piglione Rossiglione de Farne. Ao mudar-se para Campinas, apresentou-se como E. C. Kerrigan, nascido em Los Angeles e tendo trabalhado para grandes estúdios de cinema de Hollywood. Fundou a Escola Cinematográfica Campineira e a companhia de cinema APA Film. Produziu e dirigiu, em1923, o seu primeiro longa-metragem, Sofrer para gozar. Um fracasso.

Em 1925, realizou Corações em suplício. O filme, mais uma vez, foi um desastre na bilheteria. No ano seguinte, em Porto Alegre, tentou filmar o que seria seu quarto filme, Jóia do bem. Não conseguiu terminar. Depois se transferiu para Curitiba, onde fundou a Academia Cinematographica Paranaense. Mas o perseguia sua fama de falsário.


No fim da vida, afastado do cinema, foi acusado de envolvimento com tráfico de mulheres e de se passar por um guru indiano, lendo o futuro numa bola de cristal. Morreu de enfarte em Porto Alegre, em 1956.

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