Chamava-se Eugenio
Centenaro, era italiano. Em São Paulo, onde morou, dizia ser o Conde Eugenio Maria
Piglione Rossiglione de Farne. Ao mudar-se para Campinas,
apresentou-se como E. C. Kerrigan, nascido em Los Angeles e
tendo trabalhado para grandes estúdios de cinema de Hollywood.
Fundou a Escola Cinematográfica Campineira e a companhia de cinema APA Film.
Produziu e dirigiu, em1923, o
seu primeiro longa-metragem, Sofrer para gozar. Um fracasso.
Em 1925, realizou Corações
em suplício. O filme, mais uma vez, foi um desastre na bilheteria. No ano
seguinte, em Porto Alegre, tentou filmar o que seria seu
quarto filme, Jóia do bem. Não
conseguiu terminar. Depois se transferiu para Curitiba,
onde fundou a Academia Cinematographica
Paranaense. Mas o perseguia sua fama de falsário.
No fim da vida, afastado do cinema, foi acusado de envolvimento
com tráfico de mulheres e de se passar por
um guru indiano,
lendo o futuro numa bola de cristal. Morreu de enfarte em
Porto Alegre, em 1956.
Nenhum comentário:
Postar um comentário