domingo, 8 de fevereiro de 2015

Infinito, finito

Uma vida esgota-se em seus próprios limites, pois no universo o tempo não existe. Isto nos traz uma noção do que não temos capacidade de imaginar – o infinito. Sabemos que talvez exista, ou não, mas como podemos sonhar coisas difíceis de imaginar, como a própria inexistência das coisas? A compreensão que temos do infinito ultrapassa o tempo de uma vida e amplia-se, sem qualquer horizonte, na escuridão do que a inteligência não alcança.

O sentimento da nossa incapacidade de entender o grande enigma leva-nos à perplexidade diante do mistério, quando o pensamento abandona a inteligência e se refugia nas  sombras da magia. É na mística do inexplicável, no apelo aos sinais dos deuses que o homem tem procurado compreender sua existência e o sentido de todas as coisas.


Inseguro e amedrontado desde quando, pela primeira vez, procurou interpretar o que havia em sua volta e teve como resposta sua própria vida breve e atribulada. Desde o seu primeiro olhar para o infinito, o homem sentiu quais eram os limites do que seria capaz de compreender. Em seu pensamento trava-se a luta de procurar entender o sentido de tudo enquanto vê, cada vez mais distante, a explicação de como é vária, complexa e obscura a sua misteriosa presença no mundo.

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