O homem é o bicho mais feroz das espécies animais. Foi de
certa forma domado pela civilização, que é produto da inteligência, da ética e
do instinto de sobrevivência. Porque viveu em matilhas e depois em tribos,
famílias, comunidades, cidades, países, a humanidade criou regras de
coexistência para a vida gregária.
Mas a história do homem tem avanços e recuos, sístoles e
diástoles e é também uma sucessão de tragédias que fazem contraponto às
conquistas. O progresso científico, a arte, a revolução tecnológica, a cultura
e a religião, nada disso consolidou a consciência moral ou controlou a
ferocidade como estigma e caráter da humanidade.
A degola de inocentes, o genocídio, as agressões brutais, estupros,
sequestros, guerras de conquista, a tortura metódica patrocinada pelo Estado, o
roubo e a corrupção, o homicídio gratúito, o tráfico de crianças, são todos sinais
da barbárie negando a idealização da fraternidade, da solidariedade e da
dignidade da pessoa humana.
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