Para os religiosos, o mistério não é para ser desvendado
porque situa-se no campo inquestionável da fé. Mas a inteligência tem desafiado
a fé e procurado a explicação de tudo. Desde os filósofos gregos e da
descoberta do Sol como centro de um sistema de planetas onde estamos confinados
e vivemos nossa curta vida. A aventura humana na busca do conhecimento trouxe
também a consciência do quanto somos limitados e como é ampla a nossa ignorância.
Somos prisioneiros num labirinto e nele nos perdemos olhando
para o infinito procurando enxergar na escuridão. Desconhecemos a causa da
existência e o efeito dos fenômenos, perguntamos se há vida em outros pontos da
galáxia. O homem olha para o céu e se interroga sobre a enorme solidão da sua
espécie.
Acordamos há pouco e tateamos na sombra imensa, escura,
desconhecida. Diante de nós encontra-se a compreensão do que buscamos desde
sempre, nosso pensamento toca na superfície e recua com medo da descoberta. Este
é o desafio que transcende a lucidez e mergulha o espírito na loucura para entender
o caos.
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