sábado, 6 de julho de 2013

Memória

A experiência vivida se transforma,  com a passagem do tempo, em referências esparsas de épocas que talvez tenham de fato existido, ou não. Mistura-se a fantasias criadas em vivências remotas onde a criança e o adolescente se misturam e criam os sonhos no adulto. Regiões habitadas pelas sombras.

Incidentes imaginados corporificam-se em emoções configuradas de dor e perplexidade, alegria e êxtase. Mas em tudo permanece a lembrança que precisa existir para dar vida a pensamentos mortos. Como a passagem de núvens que assumem formas inesperadas, surpreendentes.


A memória e o momento se confundem no instante fugaz. No estado crepuscular que antecede o sono e lá penetram com a missão de desenhar um mundo paralelo. Universo que surge no clarão de um raio, impressão súbita, talvez louca, de entendimento das coisas irreais.

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