quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sopro

Há muitos anos, havia um campo muito largo, muito verde, numa região que era distante porque só existia na imaginação do sonho adolescente. Não existe nada mais longínquo do que a matéria dos sonhos. E tão confuso como o imaginar que se desprende da realidade cercada de angústia e ansiedade turvando o olhar que mira na direção do destino.

A aventura intensa da vida não se dá apenas nas emoções. Existem as coisas que nada valem e significam ilusões. Essas que mantêm os homens vivos, inquietos e atentos diante do que parece infinito mas que se exaure no sopro do vento.


O pensamento de uma criança incapaz de falar ou o meditar de um velho que esqueceu quase tudo significam sempre a mesma volta da vida em torno de si mesma. Vicissitudes, ausências, silêncio que procura decifrar mensagens de um mundo absurdo que envolve, ilude e não explica.

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