sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Partidas
Desde a segunda metade do século passado, quando Rashomon, de Kurosawa, estreou no Ocidente, o cinema japonês nos surpreende com filmes diferentes e de grande sensibilidade. Nagisa Oshima, Hayao Miyazaki, Shohei Imamura, Hideo Nakata são alguns dos nomes exóticos de realizadores que aprendemos a conhecer e admirar.
Produzido no ano passado, Partidas (Okuribito), de Yôjirô Takita, foi premiado com o Oscar de melhor filme em língua estrangeira de 2008 e também surpreendeu Hollywood como um filme de concepção original, que fala da morte sem implantar o terror que o cinema americano inevitavelmente associa a este tema.
Trata-se de um filme ao mesmo tempo dramático e divertido, onde a morte é tratada como um ritual cuja beleza depende da maneira de encarar esta partida que todos nós um dia iremos empreender.
O estilo de Takita é ao mesmo tempo leve e reflexivo, com a colaboração de atores extraordinários cuja forma de atuar transmite com precisão as nuances emocionais e a humanidade dos seus personagens.
O cinema americano de hoje poderia aprender muito com o moderno cinema japonês.
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