quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O inferno



José dizia que o inferno existe, sim. Ele não está nos outros, como pensava Sartre. Está dentro da alma humana que nele mergulha pelo sentimento de culpa, o sofrimento que não passa. Torna-se perene, atravessa todos os sentidos, bloqueia os sentimentos e nem o amor é capaz de o redimir. Às vezes conduz ao suicídio.

A Igreja católica criou o sacramento da confissão por considerar que, ao reconhecer a culpa e pagar leve penitência, o crente sentiria alívio pela absolvição em nome de Deus. No entanto, dizia José, o sentimento de culpa continuará no coração das almas condenadas. Não será esquecido.

Sofrimento, tristeza e pensamentos sombrios são a definição do inferno das almas pela culpa às vezes inconsciente. O arrependimento é apenas mais uma forma da punição que só não vai durar pela eternidade porque oferece a libertação pela morte. Dizia José.

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