quarta-feira, 16 de setembro de 2009
O terror como modelo
Os suicídios em série dos empregados da France Telecom revelam bem o caráter perverso do estilo de administração adotado pelas grandes empresas. O mito da eficiência e da produtividade, baseado na exploração em tempo integral do pessoal e cultivado pelos gerentes, começa a fazer as suas vítimas.
As empresas mundializadas orgulham-se de dizer que contam com milhares de empregados full-time. Isto significa que o contrato de trabalho, hoje, não respeita horários. O empregado está à disposição da empresa 24 horas por dia, sete dias por semana. O poder que sobre ele é exercido estimula o surgimento de chefes medíocres mas com atribuições de julgar, premiar, transferir, punir e destruir carreiras profissionais.
É o reinado do estresse e da insegurança, o terror como modelo de gestão de pessoas.
A ilustração é um quadro chamado Le Suicide, de Edouard Manet.
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3 comentários:
Celso,
Curiosa essa informação. Diferentemente do que ocorre com empresas americanas, as francesas sempre tiveram uma imagem mais "humanista" nas suas relações de trabalho. Lamento que esteja mudando (e para muito pior).
Excelente comentário, Marcus. Quando um modelo é copiado, é sempre exageradamente.
Pois é, marcos, nesses tempos mudernos o que muda, muda pra pior.
Por essas e outras é que, depois de velho, estou virando conservador...
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