terça-feira, 22 de setembro de 2009
Cachaça
Marginalizada historicamente pela aristocracia, a burguesia e a melhor sociedade, a cachaça teve algum momento de glória depois que inventaram a caipirinha. Mas sofreu de imediato a concorrência do rum e, depois, da vodka, que sempre dispuseram de poderosos recursos de marketing. Voltou a ser a bebida da escumalha, dos pés-rapados, dos matutos do interior e do lumpen urbano, que sempre a tomaram pura.
Há alguns anos, com os programas de qualidade do Ministério da Agricultura, o aparecimento de associações de produtores e o cuidado geral na fabricação, ela começou uma trajetória de ascensão social e hoje já tem até lugar na pauta de exportações.
Estima-se que, se forem considerados os alambiques clandestinos, a produção de cachaça no Brasil, calculada em hectolitros, é maior que a de cerveja.
Duas regiões se destacam como produtoras de grandes cachaças: o Norte de Minas, principalmente a micro-região de Salinas, com sua terra rica em salitre, e o Nordeste, com sua cana caiana.
A burguesia e a melhor sociedade, com relutância, começam a aceitar a cachaça e também a identificar e valorizar seu terroir.
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