domingo, 6 de setembro de 2009
A mata
No contraforte da Serra do Mar, onde estou, faz o frio de um inverno europeu. O verde das montanhas lembra a Provence e a estrada de Parati encontra-se intransitável. A estreita via foi inicialmente o caminho dos índios tamoios em direção ao mar, aproveitado depois pelos portugueses, por onde exportavam o ouro das Minas Gerais para a metrópole portuguesa.
Há um esforço da indústria do turismo para criar o mito de uma estrada real cruzando Minas, o Estado do Rio, passando por São Paulo. O trajeto de Guaratinguetá até a fronteira do Rio é de razoável qualidade mas deste ponto até Parati transforma-se num caminho esburacado, intrrompido e perigoso na época das chuvas. Mas é de grande beleza. A mata atlântica é uma presença exuberante. Pode estar ameaçada, se um projeto turístico mal orientado trouxer lixo, vândalos e trânsito pesado.
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