segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Santa Rosa
Tomás Santa Rosa morreu em 1956, aos 47 anos de idade. Pouca gente fala dele, atualmente. Mas é um dos grandes artistas brasileiros, responsável por uma revolução no teatro, cujos cenários, antes dele, eram feitos com móveis emprestados pelo comércio. Ele inaugurou no país a profissão de cenógrafo.
Em 1943, quando as cortinas se abriram no Municipal e o público recebeu o impacto do cenário em três diferentes planos de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, com direção de Ziembinsky, todo mundo sentiu que o teatro não voltaria a ser o mesmo.
Santa Rosa foi um artista de múltiplos talentos. Além do trabalho como cenógafo, deixou uma obra única como pintor e artista gráfico. Desenhou centenas de capas de livros para a Editora José Olympio, introduziu o layout entre nós e projetou gráficamente as revistas da Bloch.
Morreu na Índia, durante uma viagem. Drummond escreveu para ele o poema A um morto na Índia, onde diz que Santa Rosa recebeu, “em Nova Délhi, um convite de Deus: pintar o ceu”.
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