quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Olhando o povo
Os americanos deram o nome de people watching a este esporte praticado por desocupados de todo tipo, principalmente turistas. Consiste em sentar numa mesa de calçada de um bar numa cidade qualquer e ficar observando as pessoas que passam pela frente. Penso que o primeiro objetivo é beber e, em segundo lugar, observar a diversidade dos tipos humanos.
Não é necessário viajar para longe. Basta sentar no botequim da esquina e ficar olhando quem passa. Aqui em Copacabana existem alguns locais onde se pode praticar esta prazerosa inatividade, como o Real Chope, por exemplo, na esquina de Barata Ribeiro com Paula Freitas. No fim da tarde, há um desfile de gente variada e exótica, bela ou feia, mas na maioria interessante.
Há um ciclista que passa em velocidade, por volta das seis e meia, com um gato agarrado nas costas. O bicho parece bem à vontade, olhando a paisagem dos automóveis em sua volta, apenas crava as unhas nos ombros do dono para não cair. Um outro passeia a pé com um papagaio tranquilo e mudo. E é vária a riqueza humana de Copacabana: velhinhas animadas, vendedores, garotas da praia, profissionais de alguma coisa qualquer, travestis, todo tipo de marginal, pregadores, policiais e mendigos, músicos de rua, prostitutas e almas na procura da salvação.
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