sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Cidades


As cidades nascem, crescem e morrem como os seres vivos. Quem se lembra de Nínive? Sua memória existe apenas na História. Foi a mais importante entre todas, quinze séculos antes de Cristo. O Livro de Jonas a ela se refere como uma cidade excessivamente grande. Perdeu-se no tempo também Senaqueribe, seu construtor, que resplandeceu o mundo com sua glória. E de Tikal, quem se recorda? Orgulho dos reis maias, foi abandonada porque cresceu demais e virou uma cidade perdida entre as árvores da selva.

Há dois anos, Detroit declarou a própria falência. Foi uma das mais ricas cidades americanas. Quando passar o tempo dos automóveis, que fizeram sua riqueza, talvez cumpra o destino de Nínive. Ainda abriga mais de quatro milhões de habitantes. Mas está morrendo. Hoje, javalis pastam no centro da cidade de Chernobyl, que foi grande e representou o poder atômico da União Soviética.


Todas vibravam sua energia e expandiram seu poder pelo mundo. Não resistiram aos desastres que amadureceram sob os pés dos seus habitantes. Algumas foram soterradas, em seu lugar surgiram outras cidades diferentes, muitas vezes com outros povos e falando outras línguas. As grandes metrópoles alimentam o mito de que são eternas mas o tempo não reconhece eternidade no que as civilizações humanas construíram.


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