terça-feira, 30 de agosto de 2016

A glória e o precipício




Um dos homens mais ricos do mundo foi um sueco chamado Ivar Kreuger, que teve o monopólio da fabricação e venda de fósforos em práticamente todo o mundo. Em seus escritórios localizados no prédio de número 7, na elegante Place Vendôme, em Paris, comandava várias empresas, entre as quais a poderosa Ericsson, e administrava o monopólio de fósforos negociado com chefes de estado em quase todos os países ocidentais.

Kreuger era também um boa-vida, dotado de grande charme pessoal, amante de belas mulheres que frequentavam sua garçoniere no andar logo acima dos seus escritórios. Era também amante dos bons vinhos, que guardava no subsolo do mesmo prédio. Sua adega despertou inveja até no banqueiro J.P. Morgan, seu rival no mundo dos negócios internacionais.

Como todos os grandes investidores, Ivar Kreuger amava os riscos do poker dos grandes negócios, que enfrentava com reconhecida inteligência financeira e dos quais saía ainda mais rico. Numa dessas jogadas, a fusão da Ericsson com a ITT americana, blefou e deu-se mal. Na manhã do dia 12 de março de 1932, Kreuger comprou uma pistola Browning automática de 9 mm e cem balas. Usou apenas uma delas para matar-se com um tiro no coração.

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