Desde suas origens o homem tenta acostumar-se com a idéia de
que vai morrer. O fim da existência está presente em toda a destruição que tem
cercado a humanidade. Tudo nasce, cresce e morre, inclusive os povos, as
culturas e suas realizações e todas as construções humanas.
Convivendo com a certeza do fim de tudo, em seus paradoxos o
homem aspira à eternidade no mito da alma imortal incentivado pelas religiões.
Embora seja um animal triste, pois sabe que vai morrer, cultiva também a
possibilidade de se eternizar, de voltar à vida com outro corpo em outras
encarnações.
Essa angústia que faz o homem se sentir um “cadáver adiado”,
no dizer de Fernando Pessoa, mantém no entanto acesa a chama da permanência
porque, mesmo ciente da inevitabilidade do seu destino, sabe que a morte só
existirá onde existir a vida.
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