domingo, 19 de abril de 2015

A morte

Desde suas origens o homem tenta acostumar-se com a idéia de que vai morrer. O fim da existência está presente em toda a destruição que tem cercado a humanidade. Tudo nasce, cresce e morre, inclusive os povos, as culturas e suas realizações e todas as construções humanas.

Convivendo com a certeza do fim de tudo, em seus paradoxos o homem aspira à eternidade no mito da alma imortal incentivado pelas religiões. Embora seja um animal triste, pois sabe que vai morrer, cultiva também a possibilidade de se eternizar, de voltar à vida com outro corpo em outras encarnações.


Essa angústia que faz o homem se sentir um “cadáver adiado”, no dizer de Fernando Pessoa, mantém no entanto acesa a chama da permanência porque, mesmo ciente da inevitabilidade do seu destino, sabe que a morte só existirá onde existir a vida.

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